A produção de energia eólica no Brasil
Os ventos são a segunda maior fonte de geração de energia elétrica do país. Só ficam atrás das hidrelétricas. O investimento em parques eólicos cresce a cada ano. Em 2022, a energia gerada pelo vento representou 26 milhões de toneladas de CO2 a menos no ambiente.
O Brasil tem hoje 940 parques eólicos, mais de 10 mil aerogeradores como esses e outros tantos em fase de testes. Todos no continente. Em terra firme, o caminho já está bem sedimentado. O desafio agora é capturar a força dos ventos em alto mar.
Comparação com outros países
No mar do Norte, na Noruega, a energia eólica off-shore já é realidade. O maior parque eólico flutuante do mundo gera eletricidade para campos de petróleo e gás. Produz o equivalente a energia eólica do Rio Grande do Norte.
O Brasil ainda está aprendendo a nadar nessas águas. Mas quer aprender. As turbinas em alto mar são maiores, os ventos mais fortes, assim como o potencial de geração de energia. Mas é preciso também atenção para evitar danos ambientais nas áreas de instalação.
"É uma nova fronteira que garantirá a segurança energética, numa transição energética justa, pra que a gente explore todo esse nosso litoral que tem um potencial absurdo. Essa boia aqui que pesa 7 toneladas é uma peça fundamental num projeto pioneiro pra desenvolver a energia eólica offshore no Brasil. Durante 3 anos, ela vai estar no mar, a 20 km aqui da Costa do Rio Grande do Norte e vai medir todas as variações tanto do oceano como do vento", diz Antonio Medeiros, coordenador de pesquisa do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis.
Desafios para produção nacional
São novos combustíveis, novas tecnologias. Segundo especialistas, o Brasil ainda precisa de mais pesquisa, investimento e de um marco regulatório.
"O Brasil não pode se dar o direito de abrir mão desse grande potencial e isso vai ser uma alavanca para o desenvolvimento (ver se dá pra cortar aqui), para garantir uma transferência energética e fazer com que o Brasil apoie o mundo nessa nova busca por mitigação de emissões", diz Antonio Medeiros, coordenador de pesquisa do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis.